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Cotas para pessoas trans em concursos para serviço público de Porto Alegre viram lei

Vereadoras Natasha Ferreira e Atena Roveda comemoram aprovação de projeto que institui reserva de vagas para pessoas trans em concursos píblicos municipais E...

Cotas para pessoas trans em concursos para serviço público de Porto Alegre viram lei
Cotas para pessoas trans em concursos para serviço público de Porto Alegre viram lei (Foto: Reprodução)

Vereadoras Natasha Ferreira e Atena Roveda comemoram aprovação de projeto que institui reserva de vagas para pessoas trans em concursos píblicos municipais Ederson Nunes/CMPA A Câmara Municipal de Porto Alegre promulgou, na quarta-feira (24), o Projeto de Lei (PL) nº 082/22, que determina a reserva de 1% das vagas oferecidas nos concursos do serviço público municipal para as pessoas transexuais e travestis. A medida vale tanto para servidores efetivos como para estagiários no município. A decisão por tornar lei o projeto coube ao legislativo municipal porque esgotou o prazo para sanção pelo prefeito Sebastião Melo (MDB). Com isso, foi assinada via sistema eletrônico pela presidente da câmara, a vereadora Comandante Nádia (PL), na quarta-feira (24). 🏳️‍⚧️ Pessoas transexuais e travestis são aquelas que não se identificam com o gênero atribuído a elas no nascimento. Segundo o projeto, para atestar a validade da autodeclaração, devem ser instituídas comissões de heteroidentificação. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp De acordo com a autora do projeto que se tornou lei, a vereadora Natasha Ferreira (PT), "Porto Alegre é a primeira cidade do Brasil a aprovar uma lei que garante cotas trans em concursos públicos" "A aprovação desta lei é histórica e retoma o espírito de uma Porto Alegre enquanto referência na garantia dos direitos humanos e na promoção da diversidade. Por isso, nós iremos celebrar essa conquista sim, dentro da Câmara Municipal e com a presença de todos, todas e todes que fizeram parte dessa luta", afirma. Ela explica que a medida busca "enfrentar desigualdades históricas que marcam a população trans e travesti, grupo com altos índices de desemprego e vulnerabilidade social". O texto da lei cita dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que apontam que "o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo há 16 anos consecutivos", e que "menos de 14% das mulheres trans e travestis têm emprego formal". Além disso, que "pessoas trans e travestis representam aproximadamente 2% da população brasileira" e que, em 2018, "cerca de 0,02% dessa população estava na universidade, 72% não possuía ensino médio e 56% não completou o ensino fundamental". Um dossiê da mesma associação mostrou que, em 2024, o Brasil foi o país com mais casos de assassinatos a pessoas trans no mundo pelo 16º ano consecutivo. LEIA TAMBÉM: Ministério Público denuncia como feminicídio assassinato de homem trans com 40 facadas; irmão é suspeito FURG recorre de decisão que pôs fim a cotas para pessoas trans Vereadora Natasha Ferreira comemora aprovação de projeto que institui reserva de vagas para pessoas trans em concursos píblicos municipais Júlia Urias/CMPA 80% das pessoas trans no Brasil se sentem discriminadas em seleção de emprego VÍDEOS: Tudo sobre o RS dereserva e 1% das vagas oferecidas nos concursos públicos para servidores efetivos e também para os estagiários no município